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Artigos Estudos Literários
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Dossiê Temático 2024/1: Acolhimento, discussão e combate do sofrimento psíquico de mulheres em textos narrativos e poéticos das literaturas africanas de língua portuguesa e nas literaturas afro-diaspóricas
A partir de estudos sobre a mulher e da literatura produzida por mulheres africanas e afro-diaspóricas, esta chamada propõe acolher artigos, ensaios e entrevistas desenvolvidos campo das literaturas africanas de língua portuguesa e afro-brasileira, com destaque para obras cujas temáticas revelam o sofrimento psíquico feminino, tanto em manifestações de textos narrativos e/ou poéticos. Acolhemos, também, textos cujos discursos privilegiam outros movimentos emancipatórios protagonizados por mulheres contra diversos mecanismos de opressão.
Os estudos de textos literários – tanto na poesia quanto na prosa – escritos nos espaços de língua portuguesa contribuem para denunciar, desconstruir e reconfigurar o lugar subalterno e de sofrimento imposto a mulheres, sobretudo quando se trata de vozes de países que foram colonizados, como Angola, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Brasil.
No contrafluxo dos traumas e das assimetrias de poderes, cada vez mais se torna visível, na cena do debate público e da circulação das produções artístico-verbais, a agência do movimento em rede protagonizado por mulheres, em especial por mulheres negras, em suas pluralidades, que articulam variáveis de gênero, raça e classe, na esteira do proposto por Angela Davis e bell hooks. Elencamos tais pensadoras/es apenas como um ponto de partida para a discussão, uma vez que acreditamos que o sofrimento das mulheres negras se desenvolve, muitas vezes, na esteira do racismo. Nosso objetivo, contudo, é ampliar, tanto quanto possível, a discussão sobre como a escrita literária de autoria feminina vem promovendo reflexões sobre o adoecimento psíquico e suas complexidades na contemporaneidade.
Articulando questões que abarcam problemáticas sobre território, corpo, poder, abre-se espaço para debates que abordam a escrita literária como criação performática, práxis de cidadania e ação política. O corpo e a voz protagonista da mulher, encenados em suas produções artísticas, problematizam e iluminam estratégias de subversão de antigas estruturas de poder arraigadas em diferentes sociedades ao longo do tempo, no continente africano, no Brasil e em outros territórios da diáspora. Destacam-se, assim, os saberes produzidos por escritoras-intelectuais, cujas obras e engajamento, na cena pública da circulação de ideias, também contribuem para a construção de um contra olhar sobre a teoria social produzida e reconhecida pelos centros hegemônicos, a exemplo do trabalho teórico produzido por intelectuais afro-diaspóricas, como Sueli Carneiro, Lelia González, Beatriz Nascimento, Neusa Santos Souza, Jurema Werneck, Dina Salústio, Conceição Lima e tantas outras.
Palavras-chave: Mulheres; Sofrimento psíquico; Denúncia; Reconfiguração; Práxis intelectual; Ação política
Prazo para submissão: até 31 de março de 2024
Organização:
Profa. Dra. Maria Teresa Salgado (UFRJ),
Profa. Dra. Luciana Brandão Leal (UFV)
'Professor Dr. Jesuíno Avenlino Pinto (UNEMAT)
Artigos
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Dossiê 2023/2 - Ensino de línguas adicionais em contextos bi/multi e plurilíngues: por práticas pedagógicas multiculturais e inclusivas
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Dossiê Temático 2023/1 "As escrevivências de Conceição Evaristo: as mulheres negras no centro das narrativas"
Está aberta a chamada de artigos originais e inéditos que tenham como foco estudos relacionados à produção literária de Conceição Evaristo. A autora em questão, após publicar diversas obras em diferentes gêneros literários, conquistou certa notoriedade, recebendo sucessivas homenagens e prêmios, dentre eles o mais importante da Literatura Brasileira: o Jabuti (2019).
Num contexto em que a literatura foi, e ainda é, uma atividade exercida majoritariamente por homens brancos cisgêneros, heterossexuais que, via de regra, ocupam espaços privilegiados de produção do discurso (DALCASTAGNÈ, 2012), a escrita de Conceição Evaristo se apresenta como uma voz que “rompeu definitivamente os orifícios das máscaras que tentaram impedi-la de falar, desestabilizando a crítica, a academia e até a Literatura Brasileira, que não têm mais como ignorá-la” (DUARTE, 2020, p. 149).
Quando rompe esses orifícios, Conceição Evaristo apresenta uma literatura – denominada por ela mesma de escrevivência – marcada por sua condição de mulher negra na sociedade brasileira. Neste ato temos como resultado um projeto literário-estético-político que visa, entre outros elementos, rasurar, por meio da literatura, os estereótipos atribuídos a esse grupo.
A relevância das escrevivências evaristianas se dá por apresentar uma perspectiva social de uma mulher negra, portanto, distinta da comumente exposta pela literatura dita hegemônica. Dado o exposto, vale evidenciar que essa produção assume um tom de protesto-denúncia ao trazer à tona as violências que marcaram e marcam a vida daquelas que estão nos centros das encruzilhadas, portanto, vítimas do racismo, do sexismo, da exploração capitalista e de outros modernos aparatos coloniais.
Diante disso, entendemos que se faz urgente e necessário reunir reflexões que discutam a produção de Conceição Evaristo num ato de fortalecimento da “confraria de mulheres”, sobretudo, as mulheres racializada.
As propostas de artigos podem ser enviadas até ao dia 30 de abril de 2023.
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